Acontece no UNASP

Definido pela alegria

Às vezes, escutamos lindos sermões nos púlpitos das igrejas, mas não conhecemos os pregadores. O Unasp Engenheiro Coelho traz a você uma entrevista exclusiva com o palestrante da Semana de Oração do segundo semestre de 2019, Pr. Antônio Braga. Carismático, eloquente, alegre e sempre disponível para uma boa conversa, “Braguinha” – como é popularmente conhecido […]

Texto: Thamires Mattos e Adalie Pritchard

Às vezes, escutamos lindos sermões nos púlpitos das igrejas, mas não conhecemos os pregadores.

O Unasp Engenheiro Coelho traz a você uma entrevista exclusiva com o palestrante da Semana de Oração do segundo semestre de 2019, Pr. Antônio Braga. Carismático, eloquente, alegre e sempre disponível para uma boa conversa, “Braguinha” – como é popularmente conhecido – chama atenção por sua facilidade para se conectar com o público jovem.

Thamires Mattos: Pastor Braguinha, tudo bem? Estamos curiosos: conta pra gente de onde você veio e o que te inspirou a ser pastor.

Pastor Antônio Braga (“Braguinha”): Tudo, minha querida! Conto sim. Eu sou de uma pequena vila na Bahia chamada Santa Teresinha. Até os oito anos, vivi nesse lugar. Depois fui para Jequié, uma cidade grande da Bahia. Lá, conheci a Cristo, e, em 1977, me batizei. Era bem novo, mas já tinha feito um monte de coisa errada pela vida. Vivi minha adolescência como muita gente atribulada. Mas redirecionei toda essa energia, e foi a melhor decisão que tomei. Eu era do Clube de Desbravadores, e devo meu chamado de pastor a uma grande amiga – Giu -, que, até hoje, mora lá no sul da Bahia. Ela era conselheira do clube, e eu era um garoto muito tímido, mas, ajudava o pessoal. Ela falou para mim: “Braguinha, você poderia ser pastor!” em 1978. Aí, nasceu meu desejo de trilhar minha vida por esse caminho.

Thamires: Depois que tomou essa decisão, foi para onde cursar Teologia?

Pr. Braguinha: Cursei no Educandário Nordestino Adventista (ENA), em Pernambuco, de 1981 até 1984. Esse lugar funcionou até 1986, e, depois, mudou de lugar e se tornou o Instituto Adventista de Ensino do Nordeste – o Iaene, lá na Bahia.

Thamires: E sua família, pastor? Sei que deve ser muito importante falar de suas raízes.

Pr. Braguinha: Tive a oportunidade de meu primeiro batismo ser minha mãe. Em 1985, quando comecei meu ministério pastoral, a administração me autorizou a batizá-la. Tenho duas irmãs, sou filho do meio. Casei em 1985, minha esposa é professora de religião para o Ensino Fundamental 2 há 30 anos. Ela é uma heroína (risos)! Já aposentou pelo Governo, mas não para de trabalhar pois ama o que faz. Temos dois filhos. O Tiago fez Publicidade e Propaganda aqui no Unasp Engenheiro Coelho, e também cursou Cinema fora. Agora, mora em Hortolândia, e é dono de uma produtora. Nossa filha, Carol, é  enfermeira, e mora com a gente em São Paulo.

Thamires: O senhor já deve ter rodado o Brasil fazendo sermões, palestras, conversando com pessoas… Tem algum lugar que lhe chama atenção neste território todo?

Pr. Braguinha: São muitos lugares, mas tenho uma paixão bastante especial pelo Rio Grande do Sul. Morei cinco anos ali e tenho uma paixão por aquela terra. Fui pastor da Igreja Adventista Central de Porto Alegre.

Thamires: Conheço essa Igreja, e ela é bem diversa e grande. Você acha que ter experiência com congregações assim facilita o trabalho na Igreja do Unasp Engenheiro Coelho? Afinal, o público muda sempre, além de o espaço ser imenso (risos).

Pr. Braguinha: Sim, facilita muito! Sempre fui ligado muito com a juventude. Fui departamental de jovens por nove anos. Além de cuidar da central de Porto Alegre, atuei na igreja do Unasp Hortolândia, e estou na pastoral do Unasp São Paulo há dez anos. Então, meu ministério sempre foi ligado a universitários, e procuro ampliar muitos meus estudos para fora da esfera “igrejeira” buscando conhecimento, e tem me ajudado muito. Faço palestras para empresas e organizações. Tem sido muito legal.

Thamires: Você tem alguma outra formação fora a em Teologia? Que tipo de coisas você gosta de ler e estudar?

Pr. Braguinha: A área das emoções me apaixona muito. Sou especialista em Terapia Familiar Sistêmica. Também tenho uma pós-graduação na área de Docência Universitária, e um Mestrado em Ciências da Religião pela Universidade Metodista de São Paulo. Gosto muito de ler e pesquisar, e, no final, tudo acaba convergindo para essa área das emoções humanas.

Thamires: Vi que sua abordagem em relação à vida é muito positiva. De onde vem esse desejo de trazer luz para o jovem?

Pr. Braguinha: Prego realmente o que acredito e vivencio. Eu sou feliz! Se alguém pergunta para mim qual é a palavra que me define, seria alegria. É a marca da minha vida. Não é necessário sorrir o tempo todo, não é uma coisa que brota do interior. Brota de uma vida em paz e harmonia. Acho que é uma possibilidade muito grande a gente viver feliz e de forma abençoada. É um caminho muito sério e real. Deus tem que ser uma experiência de pele, no cotidiano. Por exemplo: a Bíblia fala de Abraão. Ele viveu 175 anos, e morreu feliz por ter vivido bem. Entender a brevidade da vida deve levar a gente não a uma existência triste, mas a vivenciar uma experiência mais significativa do cotidiano, do agora. Sou muito disso,  “do agora”. Agora é o momento, agora é o tempo.

Thamires: Esse seu slogan “do agora” pegou muito com o pessoal. Já ouvi várias pessoas falando nos corredores. Como conseguimos viver “o agora” de forma plena, inclusive para glorificar a Deus e esperar a volta de Jesus?

Pr. Braguinha: Tenho muito firmemente a convenção de que Jesus volta a hora que ele quiser. Não adianta ficar ansioso. Minha ansiedade não vai apressar nada! A religião pode adoecer quando é encarada de uma maneira errada. Quando a gente vivencia esse agora, se a volta de Jesus for essa semana, no ano que vem, ou daqui a 200 anos, o que importa? Quando Ele voltar, é agora. Se morro hoje, a volta de Jesus aconteceu para mim. Tenho claro como o Sol no meridiano que, a hora que ele voltar, tá bom. A soberania de Deus é maior que tudo. O Senhor volta não quando a nossa ansiedade torna insuportável. A gente tem uma visão muito negativa do mundo. Mas, veja: quanta coisa boa tem o mundo! Creio muito nisso. Se Jesus não voltou até agora, é porque ele tem um propósito para mim. Até então, temos que cumprir uma missão aqui. Essa missão eu cumpro, não uma ave do céu ou um Anjo. É uma missão que cada um de nós têm, particular e personalizada. É a missão de tornar o ambiente onde a gente está um pouquinho melhor. Conto na semana de oração que, um dia, perguntaram a um monge qual é a melhor religião. Ele responde: “é aquela que te torna uma pessoa melhor”. Isso é real. Viver uma religião tem que te tornar uma pessoa melhor com mais bondade, paciência, e com o desejo de cumprir o propósito de Deus.

 

 

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