Cultura e Ciência

UNASP lança documentário Pontes Para o Futuro

O UNASP lançou, nesta terça (08), a série Pontes para o Futuro, que conta a história de seis professores que inovaram na pandemia.

Texto: Yasmin Medeiros | Edição: Caroline Belotto

O Centro Universitário Adventista de Ensino (UNASP) lançou, nesta terça (08),  a série Pontes para o Futuro, que conta a história de seis professores que, comprometidos com o projeto educacional, decidiram inovar na forma de dar aulas on-line e desenvolveram formas criativas de promover o ensino. A série tem formato de documentário e é dividida em seis episódios, lançados semanalmente pelo  canal do UNASP no YouTube.

De acordo com Riane Junqueira, organizadora do projeto, a iniciativa surgiu com o objetivo de  evidenciar os esforços dos professores no atual cenário pandêmico. “Em uma época em que se desacredita da longevidade da educação, pelo menos como a conhecemos até aqui, faz-se necessário reconhecer os professores que têm alargado as fronteiras do conhecimento em plena pandemia. Gente que tomou para si a tarefa de reinventar os meios e as linguagens para, mesmo num momento incerto, continuar assegurando o trajeto do aluno rumo ao conhecimento. Foram pontes,” explica.

Para Riane, abordar essa temática é importante porque se trata de um material estimulante. “Tanto como incentivo ao público geral, como às famílias dos educandos, quanto ao corpo docente e discente, essa série de histórias inspiradoras ajuda a seguir em frente acreditando no poder atemporal da educação. Faça chuva ou faça sol, é por meio do estudo que seguimos em frente, criando soluções que nos permitam encurtar o caminho entre o querer e o fazer. Há poder na educação”, destaca.

Arte de divulgação do documentário Pontes Para o Futuro

Educação a distância e lições de vida

A professora do curso de Arquitetura e Urbanismo do UNASP, Mayara Christy Tavares, preocupada em amenizar os impactos da pandemia do novo coronavírus para famílias carentes, desenvolveu um projeto de sustentabilidade com os seus alunos. “No ano passado (2020), o trabalho foi desenvolvido em parceria com a ONG A Melhor Ação, que realiza reformas de casas populares para famílias em alta vulnerabilidade social no município de Cosmópolis, em São Paulo. O objetivo era que cada aluno produzisse um móvel a partir de materiais reciclados e doasse para essa ONG utilizar em suas reformas”. Mayara comenta também que o intuito do projeto para este ano é atender às necessidades de cachorros abandonados. Por isso, os alunos devem produzir casinhas que sirvam de abrigo, uma vez que, durante a pandemia, o número de animais de rua têm aumentado consideravelmente.

Segundo a professora, o principal intento da iniciativa era apenas abordar a sustentabilidade em sua amplitude nas aulas. Contudo, os aprendizados foram além da sala de aula. “Realizar esse trabalho foi uma ótima oportunidade para falar do amor de Deus e da missão que Ele nos deu. Além disso, através da reciclagem, os alunos puderam enxergar potencial em algo que até então ninguém via. Do mesmo modo, Deus faz conosco. Pois, ele vê em nós aquilo que, muitas vezes, nós mesmos não enxergamos,” enfatiza. Mayara conclui que sente-se privilegiada e surpreendida com os desdobramentos do projeto. 

Primeiro episódio do documentário com Maressa Manfre, professora de música da Educação Básica

Dinamismo e muita criatividade: uma nova forma de ensinar

José Sérgio Silva, professor do curso de Direito do UNASP, acredita que a pandemia trouxe muitas dúvidas e incertezas em relação ao formato das aulas. Diante disso, foi necessário se reinventar para corresponder às necessidades do corpo discente. “Eu fazia paródias falando sobre os efeitos da pandemia na relação escolar, tocava violão e fazia algumas brincadeiras. Como as lives ficaram na moda, eu fazia os anúncios das minhas provas como se fossem lives também”, relata. Todas essas ações foram pensadas para tornar as aulas mais atrativas e mostrar que é possível manter a qualidade e o engajamento, independentemente das dificuldades que a pandemia traz. 

O professor afirma que a pandemia trouxe muitos prejuízos emocionais a todos, o que o motivou a olhar para o atual cenário de forma mais empática. “De resto o meu único recurso era utilizar o humor para reduzir a tensão emocional causada pela pandemia”, elucida.  Além disso, ele comenta que disponibilizou o seu contato pessoal para os seus alunos, a fim tirar suas eventuais dúvidas e de gerar conexões fora do contexto das aulas. José buscou conversar com os estudantes sobre esperança, sonhos e alento, nesse período tão conturbado. “Eu fiz o que pude para dar apoio , dar um pouco de risada naquilo que era possível, e, ao mesmo tempo, manter a qualidade da aula e a participação deles”, reitera.

A pandemia do novo coronavírus deixará sequelas em todos. A grata surpresa, no entanto, é perceber que, a despeito das dificuldades, é possível ver oportunidades e lições de vida proporcionadas por iniciativas como esta. O documentário Pontes para o Futuro aponta para isto: um futuro construído hoje, por meio de uma educação transformadora, que  objetiva levar conhecimento e transformar vidas.

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