Profissão e Mercado

Bibliotecários contam o que mudou durante a pandemia

O bibliotecário é mais um profissional que teve que se reinventar durante a pandemia. Confira como esse serviço tem funcionado a distância!

Texto: Glória Barreto

Bibliotecários falam sobre atendimento

As bibliotecas também se reinventaram para funcionar durante a quarentena, uma adaptação possível graças aos profissionais responsáveis pela prestação deste serviço: os bibliotecários. Dia 12 de março comemora-se o Dia do Bibliotecário, esse profissional que coordena as políticas de seleção e aferição do acervo, programa a aquisição dos novos títulos, bem como organiza o funcionamento e a prestação de serviços das bibliotecas.

No UNASP esse profissional também precisou se adaptar ao novo normal da COVID-19, a fim de garantir aos estudantes o acesso ao acervo do centro universitário, sem perder de vista os protocolos de segurança.

Aluno lendo entre estantes de livros de uma biblioteca
No momento as três unidades da Biblioteca Universitária do UNASP estão atendendo por meio de canais virtuais, onde o estudante agenda a retirada ou entrega de livros.

Biblioteca Universitária do UNASP

Para incentivar o estudo, a leitura e a pesquisa o UNASP conta com a Biblioteca Universitária que possui mais de 336 mil títulos registrados, compreendendo livros impressos, digitais e outros recursos áudio visual. Esse acervo da Biblioteca Universitária está distribuído em três unidades, nos campi Engenheiro Coelho, Hortolândia e São Paulo. Em cada unidade, existe um bibliotecário que organiza, disponibiliza e facilita aos estudantes o acesso a informação.

Os alunos também têm a opção de acessar o acervo virtual e outros serviços da Biblioteca Universitária no site.

Funcionamento das unidades durante a pandemia

Antes da quarentena, cada unidade da Biblioteca Universitária do UNASP funcionava em tempo integral, garantindo desta forma, o serviço de empréstimo de livros aos alunos dos turnos matutino, vespertino e noturno.

Um movimento considerável segundo o bibliotecário, Hermenérico Morais, que atua na unidade do campus Engenheiro Coelho.  “Antes da pandemia tínhamos uma frequência grande de alunos para fazer trabalhos e estudar, recebíamos de 300 a 500 alunos por dia, com picos de 700 alunos no final de semestre”, relembra Morais.

Nos dias atuais a biblioteca disponibilizou canais próprios para que o estudante possa consultar livros disponíveis, reservá-los e agendar sua retirada. A bibliotecária Lusmar Araujo, que atua na unidade do campus Hortolândia, conta que na sua unidade o aluno pode enviar um e-mail para a equipe da biblioteca, ou enviar uma mensagem pelo whatsapp destinado a este fim, nestes canais que ele escolhe a obra que necessita e pode marcar os horários para buscar ou devolver a obra.

Prateleiras de livros em uma biblioteca
Unidade do Campus São Paulo vazia durante a quarentena.

Aceleração e reinvenção

Todos os profissionais da educação têm desenvolvido novos mecanismos para ajudar seus alunos e garantir a continuidade do processo de ensino e aprendizagem. Com os bibliotecários que servem nossa instituição não é diferente.

“A pandemia nos colocou num cenário totalmente novo onde ficamos mais isolados do contato pessoal”, explica o Hermenérico. Para ele a pandemia intensificou o atendimento digital dos serviços da biblioteca.

“Temos há muitos anos avançado para o mundo digital, podemos dizer que, houve uma aceleração no processo como lidamos com as tecnologias e os canais de comunicação digitais. Os serviços online, que já faziam parte do cotidiano das bibliotecas, foram aprimorados nesse período”, destacou o bibliotecário.

E se por um lado ocorreram mudanças de ordem prática, por outro, tais mudanças tiverem impacto emocional, no trato com alunos e professores. É o que relata a bibliotecária Eliethe de Albuquerque, que é responsável pela unidade do campus São Paulo.

“Sentimos saudades da presença de alunos e professores, mas está sendo um período muito frutífero, de constante reinvenção: atendimento online em tempo real, criação e oferta de novos serviços remotos ou mesmo síncronos e principalmente, um momento de descobrir o quanto conhecemos a quem prestamos serviço – “adivinhando” o que essas pessoas irão precisar, antes mesmo delas saberem que vão”, comentou Eliethe.

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