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Guia básico para entender a metodologia científica de vez

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Quer aprender as estratégias utilizadas para se sair bem em um trabalho científico? Entenda nesse post a metodologia ou métodos utilizados, e aplique em suas pesquisas.

Todo trabalho científico possui uma estrutura a ser seguida e o professor orientador é o responsável por guiar o aluno durante todo o processo de construção da pesquisa. No entanto, algumas estratégias e metodologias podem facilitar essa caminhada. E isso, o aluno pode aprender por conta própria.

Portanto, se você aluno, está começando o seu trabalho científico. Nas linhas abaixo você vai entender como funciona e o que é a metodologia científica. E de quebra, aprender como utilizá-las na sua pesquisa.

Vale lembrar que dentro do campo da ciência, uma pesquisa é o conjunto de ações tomadas quando se tem o objetivo de encontrar a solução para um problema. Mas, essas ações têm como base procedimentos operacionais e sistemáticos.

Por isso, a seguir vamos falar um pouco sobre a estrutura da pesquisa e algumas metodologias de pesquisa que podem ser aplicadas ao seu trabalho, para que você saia do achismo da sua hipótese e com o uso da metodologia certa, chegue a uma solução para o sua problemática.

Classificação teórica da pesquisa científica

São 3 as formas de analisar a pesquisa científica: quanto à natureza (ou enfoque) da pesquisa, à abordagem do problema (ou metodologia) e aos objetivos.

1 – Quanto à natureza

A natureza da pesquisa diz respeito à finalidade, à contribuição que ela trará à ciência. Quanto à natureza, as pesquisas podem ser classificadas como básicas ou aplicadas.

Pesquisa básica

A pesquisa básica – também conhecida como fundamental – é a que tem o objetivo de gerar conhecimentos para a ciência sem que estes tenham uma aplicação prática prevista.

Ou seja, a finalidade da pesquisa básica não é imediata. Geralmente, as pesquisas básicas envolvem verdades e valores universais.

Pesquisa aplicada

Já a pesquisa aplicada tem o objetivo de gerar conhecimentos de aplicação prática para problemas específicos. Envolve verdades e interesses locais

2 – Quanto aos objetivos

Aqui você irá classificar, por exemplo, o grau de familiaridade que você já tem com o tema e o quanto você irá aprofundá-lo.

Por isso, pode ser exploratória, descritiva ou explicativa.

Pesquisa exploratória

A pesquisa exploratória é aquela que está em sua fase preliminar e objetiva conquistar maior familiaridade com o problema.

É desenvolvida quando ainda não há tantos dados e informações disponíveis sobre um tema, mas percebe-se que ele poderá ser alvo de pesquisas futuras.

A pesquisa exploratória costuma estar associada à pesquisa bibliográfica e ao estudo de caso, que é aquele em que o pesquisador levanta dados sobre indivíduos ou comunidades específicas.

Então, por estar em uma fase tão inicial e não existirem tantas informações disponíveis sobre o assunto, a pesquisa exploratória tende a exigir um esforço maior do pesquisador.

Pesquisa descritiva

A pesquisa descritiva, segundo Gil (2008), é aquela que descreve um fenômeno ou objeto de estudo (população, empresa, governo, situação-problema) e estabelece relações entre as suas variáveis.

Ou seja, em outras palavras ela levanta e registra as características de um determinado fenômeno, como por exemplo: a distribuição por sexo e idade de um determinado grupo ou ainda as pesquisas eleitorais e as preferências político-partidárias da população.

Na pesquisa explicativa, costumam ser utilizados instrumentos de coleta de dados padronizados, como questionários e observação sistemática.

Pesquisa explicativa

A pesquisa explicativa, por sua vez, é a que exige um maior grau de complexidade. Por isso, é comum vê-la em dissertações de mestrados e em teses de doutorado.

Ainda de acordo com Gil (2008), elas têm como preocupação central identificar os fatores que determinam ou contribuem para a ocorrência dos fenômenos.

É o tipo de pesquisa que mais aprofunda o conhecimento da realidade, porque explica a razão, o porquê das coisas.

A maioria das pesquisas explicativas são classificadas como experimentais. Obviamente a pesquisa explicativa se baseia em estudos anteriores, como em pesquisas descritivas e exploratórias.

3 – Quanto à abordagem do problema

É o caminho mais adequado para estudar o seu objeto. Pode ter características quantitativas, qualitativas ou ambas.

Pesquisa Quantitativa

A pesquisa quantitativa consiste na quantificação dos dados coletados.

Faz-se uso de gráficos, tabelas, médias aritméticas e porcentagens traduzidas em números para análise de opiniões e informações obtidas durante a pesquisa.

Ou seja, é a mais indicada para apurar opiniões explícitas dos entrevistados, uma vez que utilizam instrumentos padronizados, como questionários.

É utilizada, majoritariamente, pelas Ciências Exatas.

Pesquisa Qualitativa

A pesquisa qualitativa, por sua vez, interpreta e analisa os fenômenos, atribuindo-os significados, que não podem ser analisados quantitativamente.

Ou seja, é uma pesquisa de caráter exploratório e subjetivo, que estimula o entrevistado a pensar e a falar livremente sobre um tema.

Requer uma análise direta entre o pesquisador e o objeto de estudo.

Costuma ser amplamente utilizada nas Ciências Humanas.

Pesquisas mistas ou Quali-quantitativas

Há ainda pesquisas mistas, que fazem uso tanto de elementos da pesquisa quantitativa como da qualitativa.

Geralmente, o estudo é dividido em duas partes. Em um primeiro momento, faz-se uma análise quantitativa dos dados e, depois, uma análise mais subjetiva, que seria a qualitativa.[/vc_text_paragraph][vc_text_paragraph]

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10 procedimentos técnicos que você pode utilizar na sua pesquisa

Os procedimentos técnicos são classificados em dois grupos. Ou seja, no primeiro, estão aqueles cujas informações vêm de fontes “de papel”. Nele se incluem a pesquisa bibliográfica e a pesquisa documental.

Já o segundo grupo é composto por dados fornecidos por pessoas. Sendo assim, nele estão a pesquisa experimental, a ex-post facto, estudo de coorte, o levantamento, estudo de campo e o estudo de caso. Neste último, ainda podem ser incluídas a pesquisa-ação e a pesquisa participante.

1 – Pesquisa Bibliográfica

A pesquisa bibliográfica é baseada em materiais já elaborados, em especial, livros e artigos científicos.

Sua principal vantagem é permitir, ao investigador, uma ampla cobertura dos fenômenos.

2 – Pesquisa Documental

A pesquisa documental difere-se da bibliográfica pela natureza das fontes. A base da pesquisa documental são os documentos.

Então, podem ser, por exemplo: cartas, diários, ofícios, regulamentos, correspondências pessoais, etc.

3 – Pesquisa Experimental

A pesquisa experimental ocorre quando há a delimitação de um objeto de estudo, a seleção das variáveis que seriam capazes de influenciá-lo e a definição das formas de controle e de observação que a variável produz no objeto.

Dessa forma, testes em laboratórios costumam ser resultados de pesquisas experimentais, já que o pesquisador tem o controle de toda a situação. Portanto, ele pode simular situações, analisá-las, compará-las e tirar conclusões sobre elas.

4 – Pesquisa Ex-Post Facto

Ex-post facto significa “a partir do fato passado”. O experimento, portanto, realiza-se depois dos fatos e visa verificar a existência de relações entre as variáveis.

Em palavras mais simples, a pesquisa ex-post facto pretende entender como um fato passado impacta um grupo no presente ou irá impactar no futuro.

Diferentemente da pesquisa experimental, entretanto, o pesquisador não possui controle sobre a situação visto que ela já ocorreu.

5 – Estudo de Coorte

Para Antônio Carlos Gil, o estudo de coorte refere-se a um grupo de pessoas com características em comum que vão ser analisadas durante um tempo a fim de entender o que acontece entre elas.

Esse grupo vai constituir, então, uma amostra, ou seja, uma parte de um todo.

O objeto – a amostra- em estudo pode ser um grupo de pessoas com características comuns (exemplo: grupo exposto a determinado fator de risco versus grupo não exposto ao fator de risco X).

6 – Levantamento

O levantamento tem como principal característica o questionamento direto com pessoas relevantes para a pesquisa.

Após a coleta das informações, faz-se uma análise quantitativa dos dados obtidos.

A partir do levantamento feito com todos os integrantes de um universo pesquisado, obtém-se um censo. Os levantamentos são muito utilizados em pesquisas descritivas.

7 – Estudo de Campo

Embora se assemelhe ao levantamento, o estudo de campo proporciona, ao pesquisador, uma análise mais profunda dos dados coletados.

No entanto, enquanto o levantamento alcança um maior número de pessoas, o estudo de campo oferece uma análise mais profunda e minuciosa do universo pesquisado.

O pesquisador também realiza a maior parte da pesquisa pessoalmente, no local onde ocorre o fenômeno pesquisado. Consequentemente, é um procedimento que exige mais tempo.

8 – Estudo de Caso

De acordo com Gil, a modalidade exploratória da pesquisa utiliza bastante o método de estudo de caso.

Ele consiste em um estudo profundo e exaustivo de um ou de poucos objetos, tendo como propósitos:

– Explorar situações da vida real ainda não-definidas;

– Preservar o caráter unitário do objeto estudado;

– Descrever a situação do contexto em que está sendo feita a investigação;

– Formular hipóteses e/ou desenvolver teorias;

– Explicar as variáveis causais do fenômeno em situações complexas.

9 – Pesquisa-ação

Na pesquisa-ação, os pesquisadores se envolvem ativamente com o grupo de pessoas do problema a ser estudado e solucionado. Esse envolvimento acontece de forma cooperativa ou participativa.

10 – Pesquisa-participante

A pesquisa participante é aquela em que o objeto de estudo do pesquisador (por exemplo, uma comunidade) se envolve na análise de sua própria realidade. Então,  ela tem um caráter de participação social e busca promover uma transformação social para aquele público.

O que é método científico?

Método científico é toda estratégia controlada e aplicada durante um processo investigativo para se chegar a um determinado resultado. Ou seja, é um caminho sistemático (que deve seguir regras e padrões) para se chegar a uma conclusão. É uma técnica investigativa.

Tipos de métodos científicos

Método indutivo

É aquele que se baseia na experiência. A partir de dados particulares, tiram-se conclusões gerais sobre um assunto. Sendo assim, parte do específico para o geral.

Exemplo: pesquisa de intenção de voto – a partir de uma amostra da população, pressupõe-se o resultado geral.

Método dedutivo

É aquele que, a partir de dados gerais, inferem-se conclusões sobre casos específicos. Ou seja, parte-se de uma situação geral para uma específica.

Método histórico

Foca em investigar acontecimentos, processos, instituições e ações passadas para entender a influência que exercem no presente.

Método comparativo

O método comparativo é o que tenta analisar as similaridades e as diferenças entre indivíduos, classes, fenômenos e fatos.

Método tipológico

O pesquisador cria, no método tipológico, modelos ou tipos ideais para estudar e compreender fenômenos sociais complexos.

Como fazer a metodologia científica do TCC, artigo, trabalho ou pesquisa científica?

Agora, você já tem toda a base para montar a metodologia científica da sua pesquisa. Ou seja,  a metodologia científica é uma das partes do trabalho de conclusão de curso (TCC), do artigo ou de qualquer outra publicação de caráter científico.

Então, ela vai relatar de maneira detalhada e minuciosa, todos os procedimentos que foram utilizados para elaborar a pesquisa científica.

E o que isso inclui?

– A classificação da pesquisa quanto à natureza (sua pesquisa é básica ou aplicada?)

– O objetivo da pesquisa (a pesquisa é exploratória, explicativa ou descritiva?)

– Os métodos utilizados para entender o problema (quantitativos, qualitativos ou mistos? Para isso, foi utilizado o método indutivo? Histórico? Comparativo?)

– A listagem de procedimentos técnicos utilizados no decorrer da pesquisa (foi feito algum levantamento, alguma pesquisa bibliográfica? Como? Onde? Com quem?)

– As fontes utilizadas.

Lembrem-se que cada um desses itens deve ser contextualizado e bem descrito. Então, nada de sair apenas pontuando cada um deles. Discorra sobre cada tópico.  Dessa forma, alguns detalhes importantes a respeito de como fazer a metodologia científica do seu trabalho:

A metodologia pode aparecer em um capítulo específico (dedicado exclusivamente a ela) ou como parte da introdução do trabalho. Por isso, o ideal é que você consulte as normas da instituição de ensino ou do evento onde você irá submeter o trabalho científico. Você também pode, por exemplo, se eles seguem as normas da ABNT.

Parte dos conteúdos deste post foram extraídos do Even3 Blog.

Bons estudos e até a próxima![/vc_text_paragraph][vc_text_paragraph]

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