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Visita a centro de São Paulo resgata principais lugares que marcaram a história do Brasil

Os alunos do curso de História realizaram, no mês passado, uma visita ao Centro Histórico de São Paulo. Pela manhã eles caminharam pelo centro histórico da capital, observando algumas construções que marcaram a história do Brasil.

Texto: Redação

Os alunos do curso de História realizaram, no mês passado, uma visita ao Centro Histórico de São Paulo. Pela manhã eles caminharam pelo centro histórico da capital, observando algumas construções que marcaram a história do Brasil. Entre elas, o Edifício Martinelli, o primeiro arranha-céu da cidade; o prédio do extinto banco BANESPA, inaugurado em 1947, símbolo da metrópole com 160 metros. Visitaram ainda o Teatro Municipal de São Paulo, o viaduto Santa Efigênia e o Vale do Anhangabaú, local de celebrações das Campanhas “Diretas Já”, que aconteceram em 1984.

Observaram também o edifício Joelma, onde há 40 anos foi palco de um dos maiores incêndios do Brasil. A caminhada encerrou na Praça da República, que concentra nas suas imediações restaurantes e lanchonetes com comidas típicas da capital e do Brasil. No local encontra-se uma grande variedade de bancas que comercializam artesanato, pinturas, objetos antigos, selos, moeda e postais antigos. Também acontece a feira cultural, nos jardins e imediações do antigo e imponente prédio inaugurado em 1894, a Escola Norma Caetano de Campos.

Os excursionistas conheceram diversas manifestações culturais religiosas, intercaladas pelo toque dos sinos de diversas igrejas tradicionais do centro de São Paulo. O grupo assistiu o início de uma celebração musical e religiosa na Catedral Metropolitana de São Paulo, na Praça da Sé. Apreciaram a capela jesuítica do Pátio do Colégio São Paulo de Piratininga, ouviram o tradicional canto gregoriano do Mosteiro de São Bento e ainda tiveram acesso à celebração religiosa matutina na igreja da antiga Ordem do Rosário dos Homens Pretos no Largo do Paissandu. Os alunos também assistiram a gravação, ao vivo na TV, de um culto neopentecostal nas imediações da Avenida São João com a Ipiranga. 

Na parte da tarde, os estudantes conheceram a exposição “50 anos da Ditadura Militar” (1964-2014), no Memorial da Resistência, na Estação Pinacoteca. Além de visitar o próprio prédio onde funcionou o *DEOPS (Departamento Estadual da Ordem Política e Social), criado em 1924. Durante quase 20 minutos os alunos assistiram numa antiga cela do *DOPS (designação mais recente do órgão repressor) uma palestra sobre o período e ouviram depoimentos gravados de pessoas que passaram dias encarceradas.

Segundo a professora a das disciplinas de Introdução aos Estudos em Museologia e História da Arte, Janaina Xavier, uma das organizadoras da excursão, o Memorial da Resistência é um local adequado para o objetivo da visita. “Como proposta museológica ele trabalha de forma bastante adequada, o que chamamos de fato museal, que é a relação entre o homem e o objeto em um cenário. Ao sugerir que os visitantes adentrem nas celas carcerárias, que foram utilizadas na época da repressão política, eles assumem aquilo que está no fundamento da proposta: resistir”, explica. A professora acrescenta dizendo que foi uma maneira de fazer com que os alunos tivessem uma experiência de forma física e sensorial.

Entre calouros e veteranos, 40 estudantes fizeram parte da viagem, que estava bem representada pelos estados brasileiros. Alguns conhecendo a capital paulista pela primeira vez como era o caso de Thiago Silva, natural de Rio Branco, Acre. Ele conta que foi um momento importante em sua vida. “Foi um momento único conhecer a história colonial de São Paulo e a história recente. A excursão enriqueceu minha formação acadêmica”, afirma. O passeio encerrou com a visita ao Museu de Arte Sacra com uma exposição sobre os 240 anos do Mosteiro da Luz.

(*) No passado Deops, mais recentemente a sigla mudou para DOPS.

 

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