Impacto Social

Universitários ajudam desabrigados de edifício destruído no centro de SP

Universitários do UNASP campus São Paulo foram voluntários no atendimento e suporte às vítimas que ficaram desabrigadas após o desabamento do edifício Wilton Paes de Almeida no Largo do Paiçandu, centro de São Paulo. Na madrugada de 1 de maio, feriado do Dia do Trabalhador, o prédio sofreu um incêndio vindo a desmoronar pouco tempo […]

Texto: Murilo Pereira, Lóren Vidal, Lucas Rocha

Universitários do UNASP campus São Paulo foram voluntários no atendimento e suporte às vítimas que ficaram desabrigadas após o desabamento do edifício Wilton Paes de Almeida no Largo do Paiçandu, centro de São Paulo. Na madrugada de 1 de maio, feriado do Dia do Trabalhador, o prédio sofreu um incêndio vindo a desmoronar pouco tempo após as chamas começarem.

No mesmo dia da tragédia, em meio a voluntários e doações de diversos tipos, um grupo de estudantes do curso de Psicologia do UNASP-SP, supervisionado pela coordenadora do curso, Vivian Araújo, foi até a praça da igreja Nossa Senhora dos Homens Pretos onde permaneciam os moradores do prédio para oferecer acolhimento emocional. Os alunos chegaram no início da noite e ficaram até de madrugada conversando e ouvindo os desabrigados.

A universitária, Damares Borges, que é graduanda do curso, conta que havia planejado colocar as atividades da faculdade em dia durante o feriado e redigia uma resenha no momento em que recebeu a ligação da coordenadora chamando para ajudar as vítimas do incêndio.

Ao conversar e perceber a angústia das pessoas que não sabem como será a vida de agora em diante, Damares descreve a importância do acolhimento emocional em momento como esse. “É simplesmente olhar e falar: – eu te entendo, eu te respeito nas suas decisões. Eu sei que é difícil. Vai ser um recomeço, mas tudo bem. Eu posso segurar na sua mão, a gente tá aqui para isso. Esse era o melhor acolhimento possível que eu acredito poderíamos dar naquele momento. Foi uma experiência única de aprendizado e de humanidade”, afirmou.

Damares Borges e Felipe Lemos tinham planos diferentes para o feriado. Os moradores do edifício Wilton Paes de Almeida também. Até que tiveram muito mais que o feriado interrompido.Após a tragédia, um grupo de estudantes de Psicologia supervisionado pela coordenadora do curso, professora Vivian Araújo, passou algumas horas acolhendo e ouvindo sobre a dor dos que em um instante ficaram desabrigados.Confira o breve relato de quem descobriu que o que nos difere pode ser apenas um endereço. Pois todos somos iguais.#psicologia #redacaounaspsp #paissandu #saopaulo #desabamento #noticias #solidariedade

Posted by Unasp São Paulo on Thursday, May 10, 2018

Na mesma semana, muitos outros alunos do UNASP-SP ajudaram de diferentes maneiras. A Cruz Vermelha que recebeu uma grande quantidade de doações em alimentos e roupas para os desabrigados, precisava de auxílio na triagem e organização das doações. Mais de 40 estudantes colaboraram com este trabalho.

Além destes, outros universitários continuaram indo até a praça com o objetivo de ajudar no que fosse preciso. Um desses alunos é o estudante de enfermagem, Lucas Sampaio, que em meio aos seus compromissos de trabalho e estudos, se preocupou em ir até lá algumas vezes. “É muito triste. Muitas crianças estão morando na frente da igreja. Muitas gestantes e idosos. E o pior é que eles não sabem o que fazer. O bom que tem muitas pessoas cooperando. Devemos orar e tentar fazer mais para essas pessoas”, enfatizou.

Ainda no início da terça-feira, 1 de maio, dia do incêndio, o Centro de Influência Base Gênesis, ligado à Igreja Adventista e responsável por ações em prol do desenvolvimento humano, foi acionado pela Prefeitura de São Paulo. A sua sede está localizada na Praça da Sé, no coração da cidade, nas proximidades da tragédia. O pastor Daniel Donadeli explica que rapidamente foi até o local onde se reúnem os desabrigados com um grupo de voluntários. O objetivo principal naquela noite era conseguir orientar e encaminhar o maior número de pessoas a abrigos oferecidos pela prefeitura.

O coordenador da Base Gênesis, Wallyson Santos, destaca que uma das maiores necessidade das pessoas em um momento como esse não são apenas materiais, mas elas também carecem de atenção e cuidado  emocional. “Existem duas doações que custam muito, que é empatia e tempo. Muitas vezes quem passa por aqui doando tem boa intenção, mas ele quer deixar sua doação e ir embora. As vezes essas pessoas precisam de atenção. Muitos de nós poderíamos estar aqui, os apoiando  nesse momento e dizendo que está aqui para passar com ele esse momento difícil da sua vida”, reforçou.

Membros da Igreja Adventista em São Paulo se uniram às demais entidades e voluntários neste tipo de atendimento que busca suprir as necessidades imediatas sem deixar de se preocupar com os sentimentos e emoções de quem está em situação de crítica vulnerabilidade.

Além dos universitários do UNASP-SP, contribuíram as equipes da Ação Voluntária Adventista (ASA), os jovens do projeto Missão Calebe e os voluntários do projeto Um Ano em Missão, que trouxe jovens voluntários de outras cidades e de países vizinhos para desenvolver ações em São Paulo. A Igreja Adventista da República, também localizada na região do Largo do Paiçandu, mantém a algum tempo uma relação com os moradores do prédio, agora desabrigados. Por dois anos, a igreja trabalhou no auxílio aos moradores, em sua maioria carentes.

A Igreja Adventista em São Paulo continua à disposição das famílias e do município para contribuir com doações, atenção e cuidado por meio das suas comunidades locais, sedes administrativas, o Instituto Base Gênesis e UNASP-SP.

 

 

 

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