Cultura e Ciência

Pastor Ozeas Moura compartilha história de sua carreira e ministério

O doutor em Teologia Ozeas Caldas Moura, conta em entrevista sobre carreira e novos projetos Após sete anos coordenando a Faculdade de Teologia (FAT) do Unasp, o pastor Dr. Ozeas Caldas Moura está deixando sua função em direção a novos rumos. O desligamento da coordenação não implica no distanciamento da área acadêmica, até porque, segundo […]

Texto: Redação Unasp EC

O doutor em Teologia Ozeas Caldas Moura, conta em entrevista sobre carreira e novos projetos

Após sete anos coordenando a Faculdade de Teologia (FAT) do Unasp, o pastor Dr. Ozeas Caldas Moura está deixando sua função em direção a novos rumos. O desligamento da coordenação não implica no distanciamento da área acadêmica, até porque, segundo ele, ainda pretende continuar contribuindo por meio de outros projetos. Em entrevista a equipe de reportagem do Unasp, ele expressa seus anseios e conta um pouco sobre sua carreira e escolhas.

O pastor Ozeas é bacharel em Teologia pelo Educandário Nordestino Adventista (ENA), possui licenciatura em Letras: inglês, português, especialização em Língua portuguesa, mestrado e doutorado em Teologia Bíblica pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RJ); pós-doutorado em Teologia sistemática pela Faculdade Jesuíta de Filosofia e Teologia (FAJE).

 

Redação Unasp-EC: Pastor, qual era sua escolha profissional antes de decidir cursar Teologia?

Pr. Ozeas Moura: Olha, eu sempre pensei em ser médico. Mas um dia, no quartel, eu estava detido por causa do sábado e Deus colocou uma vontade em mim que eu nunca tinha tido. Então de médico da medicina eu passei a ser médico das almas. Eu senti que foi a vontade de Deus, mas no início eu não queria ser pastor não.

Redação: Como foi esse chamado?

OM:Eu estava no quartel do exército e senti dentro de mim que deveria pregar. Por gostar da Bíblia desde os meus 10 anos de idade, eu já tinha bastante conhecimento e meu pai sempre dizia: “Você tem jeito para ser pastor”. E eu dizia: “Mas eu quero ser médico!” Digamos que, miraculosamente, Deus colocou essa vontade que meu pai já tinha e hoje eu sou um pastor. Além de ser professor também em teologia.

Redação: Quando estava cursando Teologia quais eram os seus sonhos?

OM: Eu sempre pensei em ser um pastor distrital, cuidar dos irmãos e tal. Mas um professor me falou um dia que eu tinha dom para lecionar. Então eu aceitei a ideia dele e cheguei aonde cheguei.

Redação: Para você é mais fácil ser pastor ou professor? E o que esses anos de experiência lhe ensinaram?

 OM: São coisas parecidas. Porque um pastor é professor também. Ele ministra palestras, explica a Bíblia para os irmãos, mas digamos que está meio a meio. São dois trabalhos que se complementam. Eu como professor de teologia não deixei de ser pastor, afinal eu ainda faço batismo, casamento, funeral, apresentação de criança. E tem sido um prazer servir a obra tanto como pastor de igreja quanto como professor de Teologia.

Redação: O que este momento de despedida representa pra você?

 OM: Representa a ideia de que deu certo. Antes de entrar na obra a gente pensa: será que eu vou ter condições? Será que eu vou ser capaz? Vou ter boa receptividade dos irmãos aonde eu atuarei? E a gente vê que depois de quase 40 anos deu certo. Tudo o que colocamos nas mãos Deus abençoou e que a glória seja pra Ele. Mas a gente vê que se algum temor havia e que talvez não ia dar, vemos agora que deu certo.

Redação: Qual a sensação após encerrar a carreira? Tem novos planos?

 OM: Eu vou continuar como avaliador do MEC para Teologia e Letras. Vou aceitar mais avaliações que antes eu não aceitava muito por ser coordenador de curso e dar aula. Então eu vou continuar prestando ajuda nas avaliações do MEC, ajudando na parte do ensino superior do Brasil. Agora a gente desacelera um pouco mais, mas ainda prego em algumas igrejas quando convidado, faço algum casamento ou batismo, enquanto ainda existir força e saúde para isso.

Redação: Era sua vontade estar se aposentando agora?

OM: Eu ainda me acho um pouco bom de cabeça (risos). Se eu tivesse mais dez anos para dar para Cristo trabalhando, eu faria. Mas eu darei todos os anos que ainda vou viver de uma maneira menos acelerada, mas sempre atuando nos distritos por onde eu for e sempre que a obra precisar de alguma coisa, eu estarei disponível.

Redação: Qual mensagem você deixa para aqueles que ainda estão no início desta caminhada?

 OM: A ideia é esta: “se Deus é por nós, quem será contra nós?. Tudo o que Deus colocar na sua mão, ele dará condições, porque se não ele seria injusto por te dar uma tarefa e não te capacitar. Se Deus chamar você e se aparecer um trabalho, entra de cabeça, faça a sua parte que Deus faz a dele.

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