Impacto Social

Formatura da Escola de Missão reúne líderes do Serviço Voluntário Adventista

A cerimônia aconteceu no formato híbrido e possibilitou a participação tanto de alunos brasileiros quanto de alunos estrangeiros.

Texto: Mariana Santos | Edição: Theillyson Lima

Os alunos da Escola de Missão comemoraram a conclusão do módulo 1 e 2 no dia 3 de dezembro. A formatura contou com a presença de nomes do Serviço Voluntário Adventista, como os pastores Elbert Kuhn, diretor do SVA na Conferência Geral, Joni Oliveira, responsável pela Divisão Sul-americana e Emanuel Guimarães representante na União Central Brasileira.

Formatura Escola de Missão teve momento de dedicação dos voluntários.
Alunos foram preparados para a missão. Foto: Vinicius Santos

Ao longo do ano de 2021 mais de 200 alunos receberam o certificado emitido pelo Núcleo de Missão. Este é o documento que habilita missionários a servir tanto dentro do Brasil quanto em contextos transculturais e é o primeiro passo para o voluntariado adventista.

O pastor Elbert Kuhn explica que a pandemia exigiu novos cuidados no preparo e no envio dos voluntários, mas que o fechamento das fronteiras não assustou quem já estava no campo missionário. “Os nossos jovens nos deram uma mensagem muito clara. (…) Muitos disseram assim: mas não é para esse tipo de momento de desafio, de risco, que nós estamos a vida inteira esperando?”, relata o pastor.

Se por um lado o envio de voluntários ao campo ficou restrito, o preparo de novos candidatos à missão cresceu significativamente. Só na União Central Brasileira, o pastor Emanuel Guimarães estima cerca de 800 jovens preparados, além dos missionários que já têm para onde ir. “Tenho mais de cem jovens que estão com o projeto aprovado, só esperando abrir a fronteira”, explica Guimarães.

O aumento significativo de pessoas preparadas e dispostas se deve a muitos motivos, principalmente à mudança no formato das aulas da Escola de Missão. Com a possibilidade de se preparar à distância, jovens de diversos estados e até de outros países puderam se matricular no curso oferecido pelo Núcleo de Missão do UNASP Engenheiro Coelho. 

Mesmo que a situação sanitária nacional melhore nos próximos meses, a expectativa do pastor Elbert Kuhn é que o ensino híbrido continue. Para ele, “o formato híbrido permite a gente ter mais qualidade”, uma vez que professores qualificados podem dar aulas mesmo morando, literalmente, do outro lado do mundo. Além disso, missionários podem ser treinados independente da distância geográfica.

Formatura Escola de Missão com a formanda Michelle.
Michelle concluiu duas especializações

Michelle Alves de Sousa, formanda do módulo 2, concluiu duas especializações durante esse semestre. Com o preparo na área de Secularismo e Pós-modernismo e também de Estudos Interculturais, Michelle experimentou um grande amadurecimento em sua cosmovisão. “Nas duas áreas que eu me especializei, eu preciso sair da minha visão, sair da minha forma de enxergar o mundo e me colocar no lugar da outra pessoa”, declara a jovem.

Segundo o pastor Joni Oliveira, os planos da Igreja Adventista para o ano de 2022 estão otimistas quanto ao crescimento da obra missionária. “Nós sabemos que mesmo que o envio demore um pouquinho pra acontecer, a quantidade de gente preparada e disponível vai crescendo. Ano passado nós ficamos quase sem poder enviar ninguém por seis meses (…) mas quando as portas se abriram em novembro, nós enviamos mais do que em todos os anos anteriores”, explica o pastor.

O evento terminou com o envio dos missionários que servirão a partir de janeiro nas “mission trips”, de curto prazo, mas também em outros chamados. Além dos projetos para Guiné-Bissau, Chade e Piauí, organizados pelo Núcleo de Missão, outros campos aguardam missionários formados pelo UNASP. 

Patrícia Moledo, mãe da missionária Bruna Moledo, decidiu se juntar ao ministério da filha, mesmo que à distância. Patrícia decidiu servir como preceptora por dois anos no Instituto Adventista Agro Industrial, localizado no Amazonas. Emocionada, ela conta que a decisão só foi possível graças ao apoio da filha que foi enviada para a Dinamarca no dia 9 de novembro. “Eu estou indo porque a Bruna me incentivou e acho que você primeiro precisa estar disposto a sair da sua zona de conforto, confiar em Deus e ir. Peço a Deus que Ele me capacite”, declarou a missionária no encerramento da programação.

Formatura Escola de Missão reuniu diversos líderes da igreja.
Líderes do Serviço Voluntário Adventista fizeram parte da formatura. Foto: Vinicius Santos

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