Cultura e Ciência

Docente do Unasp apresenta dados sobre a formação de professores no Brasil em sessão na Câmara dos Deputados, em Brasília.

Durante a audiência pública do Ministério da Educação, a professora Patrícia Albieri alertou para formação inicial e continuada dos pedagogos no país. Dados fazem parte do livro “Professores do Brasil: novos cenários de formação” lançado pelo Unesco.

Texto: Mairon Hothon

Professora do Unasp apresenta dados nacionais sobre a formação de professores em audiência na Câmara dos Deputados (Foto: Site Câmara Legislativa).

Na última terça-feira, 20 de agosto, a professora Patrícia Albieri de Almeida, que atua no Mestrado Profissional em Educação do Unasp, esteve na Câmara dos Deputados, em Brasília, para apresentar dados de uma pesquisa sobre a formação dos professores no país. Além de docente no Unasp, Patrícia é pesquisadora da Fundação Carlos Chagas e representante da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco).

A comissão de audiência pública do Ministério da Educação trouxe como tema da comissão externa a “Formação Inicial e Continuada de Professores” e tratou sobre a docência analisando ações políticas e dados educacionais da última década. Como representante da Unesco, Patrícia foi uma das autoras do livro“Professores do Brasil: novos cenários de formação” e compartilhou dados que retratam o cenário de desenvolvimento de carreira, bem como a educação ao longo da vida.

“Pude apresentar os dados sobre a formação da Pedagogia no país. 60% dos nossos professores são fruto da modalidade EaD, que cresceu muito nos últimos anos, contudo sem a devida regulamentação e acompanhamento. Eles tem autorização para funcionar, mas sabemos pouco sobre a qualidade do curso. E se temos um professor que não teve uma boa formação, isso afeta diretamente a criança nos anos iniciais”, comenta.

Professora Patrícia Albieri comenta dados e alerta para a situação sensível para a área pedagógica do país. (Foto: Jonatas Gonçalves).

Ainda segundo a pesquisa, 70% dos pedagogos vem de instituições particulares e apenas 30% de universidades públicas, fora as vagas ociosas. A maior parte das formações são das área de Português e Matemática, já que também o Ideb cobra essas duas áreas na prova nacional. “Todas essas variáveis, aliada a poucas políticas de apoio de indução no mercado de trabalho e formação continuada resultado num quadro bem sensível”, aponta a pesquisadora.

Para o debate estavam na bancada de exposições o diretor substituto de Capacitação Técnica Pedagógica e de Gestão de Profissionais da Educação da Secretaria de Educação Básica (SEB), profº José Roberto Ribeiro Júnior; a secretária de Educação do Estado de Roraima e Representante do Conselho Nacional de Secretários de Educação (CONSED), profª Leila Soares Perussolo; a presidente da organização Todos pela Educação, Priscila Fonseca da Cruz e a diretora do Sindicato dos Professores do Distrito Federal (SINPRO/DF), profª Rosilene Corrêa.

Livro Unesco

Na publicação “Professores do Brasil: novos cenários de formação” é abordado a história da formação e trabalho de professoras e professores; aspectos das formações em países da América Latina e no Brasil; formação no contexto da expansão da escolaridade no Brasil do século XXI; o perfil dos atuais estudantes de licenciatura; concepções e práticas na formação para a educação básica; experiências inovadoras na formação inicial e continuada e o perfil dos formadores de cursos de licenciatura.

Mestrado em Educação

O Mestrado Profissional em Educação do Centro Universitário Adventista de São Paulo (Unasp), no campus de Engenheiro Coelho, tem duração de dois anos e apresenta como linha de pesquisa a Formação de Professores e Gestores Educacionais.

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