Impacto Social

Coral Carlos Gomes do Unasp participa de celebração pelo Dia da Reforma Protestante

No dia 31 de outubro é comemorado oficialmente o Dia da Reforma Protestante. Foi nesta mesma data, no ano de 1517, em que Martinho Lutero publicou as 95 teses de justificação pela fé nas portas da igreja do Castelo de Wittenberg dando início a uma série de eventos que culminaria no que o cristianismo e […]

Texto: Murilo Pereira

No dia 31 de outubro é comemorado oficialmente o Dia da Reforma Protestante. Foi nesta mesma data, no ano de 1517, em que Martinho Lutero publicou as 95 teses de justificação pela fé nas portas da igreja do Castelo de Wittenberg dando início a uma série de eventos que culminaria no que o cristianismo e a História chamam de Reforma. Em 2016, denominações protestantes tradicionais estão celebrando esta ocasião e se preparando para os 500 anos da Reforma Protestante que será comemorado em 2017.

Um dos corais mais antigos e tradicionais da Igreja Adventista do Sétimo Dia, com 76 anos de história, o Coral Carlos Gomes, do Unasp campus São Paulo, foi convidado para cantar na celebração que aconteceu nesta última segunda-feira na Primeira Igreja Batista de São Paulo. O culto comemorativo esteve repleto de música cristã reunindo também o coral da Primeira Igreja Batista do Brás, o Quarteto Vida Nova, o Quarteto Jasd e o organista Jonatas Andrade.

“O papel da música nesta celebração é tão somente louvar e engrandecer o nome de Deus porque Ele levantou homens que lutaram para que a palavra dele chegasse até nós hoje. Esses grupos e corais estão aqui hoje por gratidão a Deus por aquilo que Ele faz, por aquilo que ele fez e porque nós temos hoje a palavra de Deus em nossas mãos e podermos viver disso e nos alimentarmos dela também”, explicou o maestro Cunha Junior um dos responsáveis pela celebração.

Após a mensagem do pastor Paulo Eduardo Vieira, o Coral Carlos Gomes foi convidado para cantar o hino Castelo Forte. Composto pelo próprio Martinho Lutero naquele período decisivo para o Cristianismo. O hino é considerado como a música da Reforma Protestante.

“Lutero foi um monge, foi um padre, foi um doutor em Teologia, mas eu acho que ele foi, acima de tudo, um grande compositor porque um cara que faz Castelo Forte e faz com que a música se eternize do jeito que fez, só pode ser um grande músico. O louvor de hoje que nós cantamos em gratidão a Deus tem muito a ver com aquilo que Lutero era. A alegria dele em servir, em louvar e em ter a Palavra de Deus”, reforçou o maestro.

O maestro e pastor, Turíbio de Burgo, regente do Coral Carlos Gomes, lembra que Lutero além de ser um dos grandes reformadores, trouxe também grande contribuição para a música cristã. Conta que o reformador não só traduziu a Bíblia para a linguagem do povo, como também os hinos passaram a ser cantados por toda a congregação. O canto congregacional não era praticado e permitido até então. Só o canto gregoriano era cantado nas missas.

“Essa foi umas das maiores heranças que Lutero nos deixou. É claro que existem os aspectos doutrinários e a Bíblia que ele traduziu, mas ele era um músico, tocava flauta e alaúde e tem um dos dizeres dele que é bastante popular onde  associa o estudo das escrituras e a música como formas de se chegar mais próximo da presença de Deus. Nós que somos do coral e da música reconhecemos isso: que além de tudo, ele nos deu a oportunidade do canto congregacional. Que delícia é a comunidade poder cantar”, enfatizou.

O Coral Carlos Gomes, desde sua fundação, tem influenciado a música cristã e adventista. Ao longo de mais de 7 décadas, muitos pastores e músicos passaram por esse coral levando a música que aprenderam para suas comunidades e igrejas. O maestro Turíbio é o regente que está a mais tempo no comando deste ministério de coral.

“Como Igreja Adventista, nós somos gratos aos reformadores, não só a Lutero, mas reconhecemos também vários outros que passaram nesse caminho de descobertas teológicas e doutrinárias até que chegamos à Igreja Adventista. Antes dos pioneiros da nossa igreja vieram os pioneiros da Reforma”, concluiu.

 

Veja mais