Acontece no UNASP

Brasil no Holocausto: Andor Stern participa da Semana Interdisciplinar do Unasp-EC

Último sobrevivente brasileiro do regime conta o que viveu nos campos de concentração de Auschwitz   A primeira noite da Semana Interdisciplinar do Unasp-EC, realizada pelos cursos de História e Pedagogia do campus, trouxe um assunto muito delicado a público: o período do Holocausto e a experiência de quem sentiu na pele as consequências do […]

Texto: Nathália Lima

Último sobrevivente brasileiro do regime conta o que viveu nos campos de concentração de Auschwitz

 

A primeira noite da Semana Interdisciplinar do Unasp-EC, realizada pelos cursos de História e Pedagogia do campus, trouxe um assunto muito delicado a público: o período do Holocausto e a experiência de quem sentiu na pele as consequências do nazismo. A programação aconteceu na Igreja do campus durante o período de aulas noturno e contou com a participação do último sobrevivente brasileiro do holocausto, que falou sobre sua luta durante o governo fascista de Adolf Hitler.

Andor Stern, judeu nascido em São Paulo (SP) em 1928, era filho de pai húngaro e sofreu na pele os maus tratos realizados na época nazista. Ainda criança, Stern foi para a Hungria com os pais. Ele sofreu bullying na escola por ser judeu. De acordo com seus relatos, professores atribuíam notas menores do que o merecido também por sua etnia, e falavam abertamente sobre isso. Mesmo assim, Stern diz que não se deixou abalar. “A gente vai se acostumando [com o preconceito e a limitação das liberdades]”, acrescenta.

Aos 14 anos, Andor Stern foi levado para Auschwitz, campo de concentração em Oświęcim, na Polônia. “A gente pensava: ‘isso não vai acontecer’”, explicou Stern ao falar sobre o período anterior aos campos de concentração, mas aconteceu, e segundo ele, “quem passou por lá [campos de concentração], continua pelo resto de sua vida”.

Apesar da opressão e das limitações impostas pelo então governo, se engana quem pensa que a Alemanha era completamente fascista. “Muitos alemães deram sua vida para nos salvar”, confirmou o palestrante. Aos jovens, o sobrevivente falou sobre a brevidade da vida e a importância do amor ao próximo e à família. Ao final da apresentação, ele deu o seguinte conselho ao público presente: “se amem, se abracem, se olhem e se entendam”.

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