Profissão e Mercado

Pós-graduação do Unasp se reinventa em tempos de Pandemia

Neste período em que muitos estão em casa procurando atividades e cursos online para ocupar o tempo de forma produtiva, os alunos da pós-graduação dos três campi Unasp não pararam de estudar, pelo contrário, estão se preparando para as novas possibilidades e necessidades que o mercado vai exigir, após a pandemia causada pela COVID-19. Reunindo […]

Texto: Glória Barreto

Os alunos da pós-graduação dos três campi Unasp não pararam de estudar, pelo contrário, estão se preparando para as novas possibilidades e necessidades que o mercado.

Neste período em que muitos estão em casa procurando atividades e cursos online para ocupar o tempo de forma produtiva, os alunos da pós-graduação dos três campi Unasp não pararam de estudar, pelo contrário, estão se preparando para as novas possibilidades e necessidades que o mercado vai exigir, após a pandemia causada pela COVID-19.

Reunindo os três câmpus, o Unasp tem mais de sessenta cursos de pós-graduação funcionando e atualmente, atende uma média de 1100 alunos. Alguns cursos já eram oferecidos exclusivamente na modalidade online, mas nestas últimas duas semanas, como medida preventiva ao coronavírus, todos os alunos começaram a receber aulas online.

De acordo com a coordenadora da pós-graduação do Unasp Engenheiro Coelho, Lanny Soares, não há uma alteração no cronograma ou na qualidade das aulas da pós-graduação. “Os professores já estão familiarizados com esse formato de aulas, mesmo assim estamos intensificando as capacitações, na medida da necessidade. Mas a gente entende que para a pós-graduação esta alteração atende nossas necessidades com a maior segurança, consequentemente não há prejuízo acadêmico para os alunos”, comenta a coordenadora.

Desafios para os professores

Capacitação online para docentes da pós-graduação.

A professora Ingrid Moraes dá aula na pós-graduação de Neuropsicopedagogia Institucional e Clínica, e leciona no Unasp desde 2011. Ela explica que o desafio atual é adequar as novas possibilidades tecnológicas de maneira inteligente. Fazendo uso de todas as ferramentas que essas plataformas nos oferecem, como os chats, os fóruns de discussão, as bibliotecas virtuais, entre outros.

“Nós estamos esperando que esta situação termine logo, mas que ainda assim, essa seja uma experiência muito positiva para o aluno. Esforçamo-nos para que ele perceba que é possível ter aulas de qualidade, com conhecimento profundo e experiências agradáveis, usando tudo que a tecnologia nos permite. Acredito que o saldo vai ser muito positivo para todos os envolvidos neste processo”, afirma a professora.

Para os professores também existem adaptações que começam com o planejamento das aulas e também envolve o enfrentamento da timidez frente as câmeras. É o que conta o professor Mario Roberto Barraza, que coordena o curso de pós-graduação em Engenharia de Segurança do Trabalho.  “A rotina muda um pouco, as aulas no ambiente virtual, denominadas como síncronas, demandam mais tempo do professor, uma vez que a aula online rende muito mais. Também existe a necessidade de vencer o medo de estar sendo filmado, gravado. Mas esse receio passa, após os primeiros minutos de aula,  você esquece”, explica Barraza.

Aula online do professor Barraza.

Sobre a participação e presença dos alunos Barraza ainda comenta que neste novo ambiente, os alunos têm sido mais ativos. “Por incrível que possa parecer, a participação dos alunos em sala de aula aumentou. O aluno participa fazendo perguntas. Parece que perdeu o medo de questionar.  As vezes no presencial eles não se manifestam e na aula síncrona tem bastante participação. O grande problema que vejo é eles quererem continuar neste sistema. Se tornou muito confortável para eles assistirem aulas de casa”, descreve com humor o coordenador.

Autonomia dos alunos

Segundo os gestores, a frequência dos alunos neste período é praticamente a mesma. Os alunos têm se engajado, participado das aulas e enviado as atividades propostas. De acordo com a coordenadora, Lanny Soares, o sucesso na continuidade do processo de ensino e aprendizagem na pós-graduação se deve ao perfil dos alunos. “ As aulas de uma pós-graduação já têm uma dinâmica mais autônoma, o aluno tem mais iniciativa e o professor envolve o aluno de forma mais ampla na construção do conhecimento. Consequentemente a experiência tem enriquecido professores e alunos”, destaca Lanny.

“As aulas têm sido uma grande motivação, são bem parecidas com as presenciais, principalmente por permitirem a interação”, estudante da pós-graduação do Unasp SP, Andressa Cayres.

A estudante Andressa Cayres, que cursa a pós-graduação de UTI e Emergência no Unasp São Paulo, tem aproveitado este tempo de quarentena para estudar, reservando três horas por dia para se aprofundar e seguir o que foi postado como conteúdo programático no sistema virtual.

Sobre as aulas online, ela relata que a experiência tem sido produtiva. “As aulas têm sido uma grande motivação. Apesar de online, são bem parecidas com as presenciais, principalmente por permitirem a interação do professor com o aluno por meio de perguntas. A concentração mudou um pouco no início da aula, porque em casa existem outras distrações, mas me adaptei rápido”, enfatizou Andressa.

Preparação para um mercado futuro

A importância de uma pós-graduação é a atualização constante e a capacitação para as novas competências que o mercado exige. Em um momento como este, que enfrentamos uma crise sanitária e econômica, são previstas mudanças futuras no mercado de trabalho e na sociedade.

Sobre essa possível realidade que se aproxima, o coordenador dos cursos de pós-graduação do Unasp Hortolândia, Luís Henrique dos Santos entende que serão necessárias novas competências de pensamento estratégico, raciocínio rápido, novas configurações no mundo de trabalho, novas configurações da economia e de produtividade, onde a recuperação econômica será exigida de todos os profissionais.

“Hoje, literalmente, no meio desta crise, a pós-graduação nunca foi tão importante quanto antes. Porque em pouco tempo, serão necessárias atuações e intervenções no nosso mercado, na nossa economia e na nossa sociedade. E as pessoas que aproveitaram este tempo para aprimorar e desenvolver novas competências, estarão mais preparadas para serem protagonistas”, prevê o coordenador.

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